Com o título de maior financiadora do ramo imobiliário no Brasil, a Caixa Econômica Federal é a instituição com a menor taxa de juros do mercado, e prevê um crescimento de 10% no número de concessões de empréstimos para a aquisição de imóveis em 2022, superando a impressionante marca dos R$ 150 bilhões. Munida com enorme vantagem em relação aos concorrentes, por obter linhas de crédito com menos impacto da inflação, a Caixa segue crescendo de forma superior às demais corporações financeiras que atuam no ramo.
Considerando, porém números de anos anteriores esse valor, representa uma desaceleração, pois em meados de setembro de 2021 esse crescimento foi de 27,49% em relação ao ano de 2020. Impulsionado pela queda da taxa Selic à mínima histórica de 2% ao ano, os perfis de crédito imobiliário tiveram forte crescimento entre 2020 e no começo do ano passado. Porém esse ritmo tem perdido força dia após dia desde que o Banco Central começou a subir essa taxa básica mais rapidamente para tentar esfriar a inflação, e chegou a superar a marca de 10% em 2021.
O Presidente da Caixa, afirma que no entanto, por ter taxas de juros mais baixas do que a maioria dos concorrentes, especialmente com linhas menos impactadas pela inflação, como a do SBPE, a Caixa deve seguir ampliando os desembolsos em ritmo superior. Segundo dados da corretora imobiliária Akamines, a menor taxa cobrada hoje pela Caixa é de 8,3% ao ano + TR, ante 9,99% do Santander Brasil, e 9,5% de Bradesco e de Itaú Unibanco.
E ainda de acordo com o executivo, a convergência recente de aumento da inflação e dos juros teve seu reflexo em uma “pequena alta” dos números da inadimplência dos financiamentos imobiliários nos últimos meses, mas o banco tem flexibilidade para negociar com os mutuários sem ter que retomar os imóveis.